segunda-feira, 6 de março de 2017

Pílula do dia seguinte: saiba como usar e quais são os riscos

Após uma relação sexual desprotegida, naquela onde houve a  falha dos métodos convencionais de contracepção (camisinhas/anticoncepcionais) ou em caso de violência sexual, o uso de um método contraceptivo de emergência é requerido para evitar uma gravidez, e o mais conhecido deles é a pílula do dia seguinte que tem revolucionado ao reduzir drasticamente os níveis de gravidez indesejada entre os jovens. Só nos Estado Unidos, esse método evita anualmente 1,5 milhão de nascimentos não planejados e evita 700 mil abortos por ano. Desde que elas foram liberadas nos EUA em 1994, houve uma queda de 45% no casos de aborto em todo o país entre 1994 - 2000.

Como elas agem?

Apesar de muitos nomes comerciais, basicamente existem dois tipos de pílulas de emergência: as pílulas contendo apenas progestinas e os contendo progestinas e estrógenos (chamadas de combinadas). Basicamente elas atuam da seguinte forma: as altas concentrações de estrógenos inibem a formação do pico do hormônio luteinizante (LH) que é o grande responsável pela liberação do óvulo no útero. As progestinas atuam do mesmo modo ao inibirem o pico de LH, mas elas tem ações adicionais, tais como o espessamento do muco cervical e diminuição  motilidade das fímbrias tubárias, fazendo co que o óvulo não chegue ao útero, além de deixar a parede uterina mais frágil para a implantação do mesmo. Por esses motivos os anticoncepcionais de emergência que contém apenas progestinas em altas concentrações são os mais efetivos. No Brasil APENAS contraceptivos à base de progestinas são vendidos, utilizando o levonorgestrel em todas as marcas.

Efeitos adversos

Não existe efeitos adversos significativos e nunca foi relatado até hoje reações adversas graves com o uso da pílula. Os efeitos adversos mais comuns são: vômitos, náusea, tontura e fadiga, afetando 50-60% das pacientes. As pílulas contendo progestinas possuem menos reações indesejáveis.

Quando a pílula do dia seguinte é utilizada antes da ovulação, a menstruação ocorre 3-7 dias mais cedo, e quando elas são tomadas após a ovulação, a menstruação ocorre no dia ou em até com 3 dias de atraso.

*Obs.: elas não perdem eficácia com o uso contínuo. Isso não passa de crença popular.

Como utilizar?

Elas devem ser utilizadas em até 72 horas (3 dias) após a relação sexual desprotegida, e a sua eficácia é dependente do tempo, sendo a falha de apenas 4% no primeiro dia, mas subindo para 10% se usada ao terceiro dia. Se após a ingestão pílula ocorrer êmese (o ato de vomitar) no período de até 1 hora após a ingestão do comprimido, uma nova dose terá que ser administrada. Contudo, se o vômito ocorrer após 1 hora da ingestão, não será necessário a repetição da dose.

Os regimes vigentes são os de dose única, que são apenas para os contraceptivos com progestinas e os de dose dupla, que são ou combinados (estrógenos + progestinas)  ou aqueles contendo apenas progestinas. No Brasil só se utiliza o levonorgestrel (progestina).

Qual é a melhor?

Exitem diversas marcas vigentes:

- Sob dose única:

Levonorgestrel (genérico)Postinor Uno; e Pozato Uni.

- Sob dose dupla

Diad; Minipil2-Post; Nogravide; Pilem; Poslov; Postinor 2; Pozato; Previdez 2; e Prevyol.

Todas usam o levonorgestrel, então todas tem a mesma eficiência. As duas únicas diferenças estão na dosagem: naquelas que são dose única utilizam 1,5 mg de levonorgestrel e na dose dupla são utilizados 0,75 mg em cada comprimido, e por último, mas não menos importante, a diferença está no preço.








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