Se perguntarmos para qualquer pessoa sobre o colesterol, vamos ouvir sempre que ele provoca infartos, derrame, endurece as artérias, que ele faz apenas mal e não tem utilidade fisiológica alguma, colocando-o sempre como vilão, mas não é bem assim.
O colesterol é importantíssimo para o nosso corpo, pois ele ajuda na produção dos hormônios sexuais masculinos (testosterona) e femininos (progesterona e estrógenos), da vitamina D que atua no metabolismo ósseo, fortificando-os e inibindo o aparecimento precoce da osteoporose, dos sais biliares que ajudam na digestão e absorção das gorduras no intestino, além de ajudar na produção do cortisol (um hormônio importantíssimo) que atua reduzindo os processos inflamatórios e ajuda a regular a glicemia no organismo, e sobretudo, faz parte da membrana das nossas células, dando à elas rigidez e sustentabilidade para que não se rompam tão facilmente. Então, dá para perceber o quanto ele é importante. Porém, o problema está no seu excesso!
Em excesso o colesterol tende a se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos, endurecendo-os e estreitando-os, diminuindo o fluxo de sangue nos órgãos adjacentes. A formação de placas de colesterol nas artérias podem se romper de uma hora pra outra, podendo entupir de vez artérias importantes adjacentes, causando infarto ou derrame. As artérias mais afligidas pelo entupimento provocado pelo colesterol são a coronária, no coração, e as artérias cerebrais.
O colesterol percorre a corrente sanguínea sendo transportado por duas lipoproteínas: LDL e HDL.
A LDL transporta o colesterol do fígado para os tecidos que precisam dele, porém se o organismo tem um excesso de ingestão/produção de colesterol a LDL acaba levando colesterol além do necessário, e o que o nosso organismo não usa, a LDL acaba por depositar o excesso nas artérias. Por isso o LDL é chamado de colesterol "ruim".
O HDL tem um papel de "policiamento" e carrega de volta pro fígado o excesso colesterol depositado pelo LDL, dessa forma limpando as artérias do colesterol em excesso e evitando o seu acúmulo. No fígado o colesterol ou pode cair na corrente sanguínea novamente, ou pode virar sais biliares para ajudar na digestão das gorduras. Por esse motivo o HDL é chamado de colesterol "bom".
Uma curiosidade é que o fígado produz 75% do colesterol que está no nosso organismo. Os outros 25% vem da alimentação. Uma classe de medicamentos chamados de estatinas impedem que o figado produza colesterol em excesso. Alimentos vegetais são isentos de colesterol. O colesterol apenas existe nos alimentos à base de carne.
Fontes: V diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose (http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/V_Diretriz_Brasileira_de_Dislipidemias.pdf).
Fontes: V diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose (http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/V_Diretriz_Brasileira_de_Dislipidemias.pdf).
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