O cetoconazol foi descoberto na década de 80 como uma alternativa para o tratamento de infecções fúngicas; porém, uma outra propriedade tem chamado a atenção, principalmente no que diz respeito a calvice masculina, pois foi constatado que o cetoconazol possui propriedades antiandrogênicas. O primeiro relato foi corroborado em 1998, quando um pequeno grupo de homens que sofriam com a alopécia androgenética foi tratado com shampoo de cetoconazol 2% de 2-4 vezes por semana. No total, foram 39 homens estudados entre 21 - 33 anos com grau III de AAG. Os resultados foram promissores: os número de novos fios e fortalecimento dos já existentes foi notório em 6 meses de tratamento, atingindo o pico máximo de crescimento ao 15° mês.
O cetoconazol tem a capacidade de bloquear a síntese de testosterona, sendo utilizadas altas doses por via oral em alguns pacientes com câncer de próstata em estado avançado, o que chamou a atenção de diversos pesquisadores.
Um dos estudos mais bem sucedidos com o cetoconazol foi feito no Japão. Seis japoneses participaram da pesquisa e todos possuíam um grau elevado de calvice. Eles tinham entre 23 - 51 anos. Nesse estudo foi utilizada uma loção capilar de cetoconazol 2% ao invés do shampoo. A loção foi usada diariamente, sendo obtidos resultados surpreendentes.
Foi constatado, também, que a interrupção do tratamento provocou uma nova queda capilar após 3 meses de retirada, voltando a crescer novos fios assim que o tratamento é reiniciado.
Foi constatado, também, que a interrupção do tratamento provocou uma nova queda capilar após 3 meses de retirada, voltando a crescer novos fios assim que o tratamento é reiniciado.
As quatro primeiras fotos retratam um paciente com 23 anos de idade. Na foto C o paciente ficou 3 meses sem utilizar a loção. As duas últimas são de um paciente com 25 anos.
A maioria dos estudos com o cetoconazol obtiveram bons resultados; porém, todas as pesquisas utilizaram uma pequena amostra de pacientes.
É importante o fornecimento de mais dados e com um maior número de participantes para que a substância seja validada no meio científico. O grande problema reside na falta de interesse da industria farmacêutica em relação ao cetoconazol, pois não é possível patentiá-lo; ou seja, não haveria uma carga de lucro exorbitante com a sua venda, já que o cetoconazol possui a patente vencida.
No Brasil, não há uma loção capilar de cetoconazol. Além disso, o uso diário do shampoo com o objetivo de reverter a calvice pode trazer alguns problemas, principalmente para quem possui o cabelo mais comprido. Dentre esses problemas estão o ressecamento excessivo do cabelo, bem como a mudança da sua textura.
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